Quando a chefia abraça a equipe, o equilíbrio emocional é um caminho possível

Oi, pessoal. Como vocês estão?

Como todos os meses, logo após o Redação Aberta, venho aqui contar um pouco para vocês como foi o nosso encontro. Na terça-feira (01/06), conversamos com o João Frey, ex-chefe de redação do Congresso em Foco e fundador da Livre.jor, e com o Guilherme Valadares, diretor de pesquisa no Instituto PDH e professor de equilíbrio emocional certificado pelo programa CEB (Cultivating Emotional Balance).  

De pronto, peço perdão pela falha e o clichê. Nem que eu soubesse todas as palavras do português, conseguiria definir o Redação Aberta #22. O tema foi “como buscar o equilíbrio emocional após um ano cobrindo a pandemia”. Recomendo muito ver o vídeo completo e adianto aqui alguns motivos para te convencer.

Primeiro, começamos com um momento de meditação proporcionado pelo Guilherme, que logo depois nos mostrou com gráficos e experiências adquiridas em cursos e palestras como está a saúde mental dentro das redações. Entre os aprendizados, dois deles permearam toda a nossa conversa. Um: precisamos romper o silêncio e falar sobre nossas dores. Dois: o caminho para o equilíbrio emocional no jornalismo depende do acolhimento da chefia.

Por isso, chamamos para a nossa roda o João Frey, um “homem do século 18”, como ele mesmo se definiu, quando o assunto era ceticismo sobre a saúde mental. “Pensava que isso era mimimi. Quando falavam de meditação, autocuidado, eu pensava, lá vem”, contou ele. João tinha medo de falar sobre, demonstrar vulnerabilidade, sendo chefe de redação aos 32 anos, um trator no trabalho. Mas estava em colapso e decidiu, após uma formação da Énois, abrir a situação para a chefia.

O acolhimento inesperado provocou dois movimentos. João foi cuidar da saúde mental, e a redação validou que, bom, se o chefe está passando por isso, talvez seja mais normal do que imaginamos. A cultura do silêncio foi rompida, e o Congresso em Foco hoje tem estratégias para garantir o mínimo de equilíbrio emocional para a equipe. E está em busca de mais. Massa, né? No vídeo, vocês podem ver a Amanda Audi, atual diretora-executiva da redação, dar detalhes de como funciona.

Os ensinamentos de Guilherme e a experiência de João nos mostraram a importância de a chefia abraçar as dores da equipe, de como isso faz diferença para estabelecer espaços de escuta e acolhimento. E, sobretudo, de como a longo prazo isso garante que as ações em saúde mental caminhem além da palestra ou post do autocuidado nas redes sociais.

Por fim, convido vocês a acessarem a nossa Caixa de Ferramentas. Temos um combo de ferramentas de cuidado com a saúde mental. Recomendo a começarem por esta, sobre como jornalistas podem identificar o estresse e o desequilíbrio emocional, afinal tudo precisa de um primeiro passo. 

Ah, antes de ir, que tal contar para a gente o que achou do Redação Aberta #22?

Obrigada e um abraço,

Alice de Souza

Coordenadora de Sistematização

alice@old.enoisconteudo.com.br