Em 2020 sonhamos mais longe!
Em 2020 sonhamos mais longe!
Viver um ano histórico requer fôlego e muita vontade. 2020 foi o ano das primeiras vezes na Énois! Iniciamos desenhando o Programa de Residências, e formamos uma equipe com jovens ex-estudantes da Énois para atuarem não só no trabalho de produção e pesquisa no jornalismo, mas nas áreas de captação de recursos, comunicação institucional e cuidado com a equipe. Fomos uma equipe de 15 pessoas, e por isso, conseguimos concretizar, em meio a pandemia do COVID-19 e o trabalho totalmente remoto, a continuidade dos nossos projetos de 2019.
Realizamos encontros formativos pra mais de 80 jornalistas e comunicadores locais, em mais de 18 estados brasileiros (dos quais mais de 50% estavam tendo acesso a um curso de jornalismo pela primeira vez). Tudo online. Pela primeira vez, a gente deu oficinas de formação para jornalistas nos estados do Norte do Brasil, e pudemos ampliar nossa visão – sudestina – sobre o que é a comunicação popular, de território e periférica.
Em 2020, tivemos, pela primeira vez, uma equipe para olhar especificamente para diferentes maneiras de produzir e distribuir jornalismo. Nasce assim o eixo de Produção e Distribuição na Énois, embasado nos conceitos de escuta e decolonização, por meio das leituras de “Memórias da plantação”, de Grada Kilomba, “Ideias para adiar o fim do mundo”, de Ailton Krenak, e uma conversa com Anapuaka Tupinambá sobre a distribuição realizada pela rádio Yandê.
“a comunicação deve começar na escuta.”
Iniciamos um programa de jornalismo inédito no Brasil, até então. Apoiamos 10 redações fora do eixo Rio-São Paulo (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul) para serem mais diversas e representativas das comunidades que cobrem. É a primeira vez que fazemos um trabalho em dupla entre editores-mentores e repórteres, que trazem vivências e trajetórias sociais e raciais diversas para o jornalismo de iniciativas tradicionais ou homogêneas. Mais de 50% delas já tinham feito ações práticas de formação e mentoria e discussões – ainda que informais – sobre inclusão e diversidade. E querem e precisam fazer mais.
Clique aqui para acessar o Relatório do Programa.
O Prato Firmeza, projeto que é carro-chefe na Énois, ganhou nova roupagem. Saiu do espaço da sala de aula da Escola de Jornalismo, e foi para a mão de uma equipe de 32 pessoas. O projeto editorial foi coordenado por Guilherme Petro, ex-estudante da Escola de Jornalismo. Todos os repórteres e editores do guia são negros e negras, assim como os empreendedores, empreendedoras, entregadores e entregadoras. E pela primeira vez, deslocamos o eixo do guia, que eram os territórios, para as territorialidades negras da gastronomia paulistana. Foi também a primeira vez que o PF virou podcast.
Conhecimento compartilhado
Sistematizamos métodos e orientações práticas para traçar caminhos em direção à diversidade no jornalismo, com a Caixa de Ferramentas. Conhecimento criado para gerenciar e fazer nossa gestão administrativa e financeira. será compartilhado com outras organizações e coletivos do campo que precisam se estruturar, mas não possuem experiência ou recursos para investir na área. Aguardem!
R$ 1.441.757,31
Porcentagem de custo por área:
Produção e Distribuição – 25,6%
Institucional – 27,6%
Estrutura Jornalística – 22,4%
Jornalismo Local – 24,5%
Clique aqui para acessar o Demonstrativo Financeiro.
Acesse o Relatório 2020 Énois e Associação da Escola de Jornalismo.